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domingo, 26 de setembro de 2010

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA

O bairro Mangabeira, onde está situado o CETV reflete as dificuldades e as necessidades habitacionais das classes menos favorecidas financeiramente. Evidencia a segregação de classes sociais, resultante de fatores econômicos, políticos e sociais, determinados pelo sistema capitalista.
As condições precárias em que vivem os moradores desse bairro e dos circunvizinhos concentram diversos aspectos: um número acentuado de desempregados, subempregados e biscateiros, grande contingente de moradores que recebe renda inferior ao salário mínimo e que cumpre uma jornada de trabalho elevada, a qual se configura em maior parte no trabalho informal.
     É nesse contexto que está situado o Colégio Estadual Teotônio Vilela, que, ao longo de 20 anos, acolhe essa comunidade desfavorecida socialmente.  Em confluência com essa realidade, a escola abriga um contingente de meninos e meninas  desprovidos de base de alfabetização e filhos de pais que possuem pouca ou nenhuma escolaridade, fatores estes que concorrem para a dificuldade na aprendizagem.
     Nesse ambiente educativo, portanto, encontram-se sujeitos com diferentes visões de mundo, diferentes culturas, crenças e etnias. Dessa maneira, a escola se constitui num palco das diversidades, onde os atores sociais são frutos de uma sociedade que estigmatiza, exclui e toma como norma os valores, costumes, usos e linguagem próprios dos grupos socialmente privilegiados.
     Diante desse cenário, cabe à escola promover uma educação que instrumentalize o aluno para a aquisição de conhecimentos e habilidades que lhe permita a inclusão social e escolar, garantindo a sua participação no processo político e cultural da sociedade em que vive. E, sendo a escola um espaço privilegiado na vida do sujeito aprendiz, ela influencia na construção de suas identidades, produção de cultura, cultivo de valores, projetos de vida e exercício da cidadania.
     É nessa direção, que buscamos desenvolver uma pedagogia voltada para a prática da convivência harmoniosa entre todos os envolvidos no processo educativo, para o aprendizado da democracia, em que os atores participam das decisões da instituição, para o respeito às diferenças e para a ampliação da formação plena do educando.
     O foco dessa U.E. é, portanto, a construção coletiva da Gestão Democrática, pautada nos princípios do diálogo e do respeito ao outro, concretizando o desejo de uma educação emancipadora e inclusiva, centrada especialmente na aprendizagem do educando.
     Essas “novas circunstâncias” geradas pelo sistema capitalista provocam a marginalização de grande parte da sociedade, cujas condições econômicas não suprem as necessidades básicas. Essa situação é ainda mais agravada pela intolerância social e pelo preconceito existente.
     Assim, encontramos, nos espaços da escola pública, crianças e jovens advindos de famílias de poucos recurso, que apresentam sérios problemas de relacionamento familiar, baixa auto-estima, uso de drogas e falta de formação moral e ética.
    Através de um processo democrático de eleição direta para dirigentes escolares que aconteceu no final do ano de 2008 no Estado da Bahia (Fato Histórico na Educação Brasileira) , nós professoras dessa Instituição Escolar ingressamos na direção do CETV com uma votação expressiva e significativa de todos os segmentos. Assumimos a direção em janeiro de 2009 e a partir daí, estamos envolvidas integralmente desde a parte física até a parte financeira. 

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